Diário #3: Se de uma casa brotasse outra casa…
[ou A casa de todas as casas]

Se de uma casa brotasse outra casa, viria gente de todo o mundo assisitir. Cuidariamos da nova casa pela excepcionalidade e protegeriamos ainda mais a casa parideira por tão grande milagre.

No entanto, não existe casa mais bonita, nem milagre maior do que uma mãe. Num planeta que consegue colocar um homem com tanta facilidade no espaço, certamente poderiamos ter “maior recordação” por todas as mães. Na Guiné-Bissau, a taxa de mortalidade materna e a taxa de mortalidade infantil são das mais elevadas do mundo.

A “Casa das Mães” acolhe em Catió grávidas que se encontrem em gravidez de risco. Hipertensão é, por exemplo, um dos factores que permite a essas mães ficarem sob maior vigilância durante dois meses. Outro dos factores é a idade “elevada” da mãe, que aqui é a partir dos 35 anos.

Tivemos o prazer de, acompanhados pelo responsável da casa, Sulimane Djassi, perceber os critérios de admissão, os procedimentos de acompanhamento e visitar o espaço. O espaço da “Casa das Mães”.

A “Na Rota dos Povos” tem colaborado de forma próxima com a “Casa das Mães”, que este ano já acolheu 205 mulheres, contribuindo para a diminuição da taxa de mortalidade materna e infantil. A “Rota”, infelizmente, conhece bem estes números, já que as crianças que recebemos na “Casa da Mamé”, perderam a mãe durante o parto.

Muito obrigado a todos os que se empenham na “Casa das Mães” e a todos aqueles que todos os dias trabalham para que todas as crianças que cheguem a este planeta possam receber o abraço de uma mãe.

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